domingo, 27 de julho de 2025

não tem como forçar um peido sem se cagar.

eu gostaria de retirar o meu cérebro e torcer ele num balde para depois beber todo o líquido que eu conseguir tirar. estou sendo inundada de pensamentos há meses, mas incapaz de transcrever metade deles com alguma capacidade digna — quer dizer, eu adoraria sentar e me forçar a escrever por horas até conseguir ter algum proveito disso, mas é impossível forçar um peido sem se cagar e, sinceramente, eu odiaria que alguma coisa minha saísse de forma desordenada!

ter um egocentrismo bastante inflado quando se trata da escrita me traz danos irreparáveis — os quais eu me acostumei e aprendi a lidar — que são um empecilho de difícil manobra, poucas vezes encontrei problemas sem algum tipo de saída escrota que eu não pudesse me aproveitar, mas ter uma exigência extrema consigo mesma para trazer sempre o melhor do melhor é complicadíssimo! houveram tempos que eu brincava de ser escritora e, nessa mesma brincadeira, conseguia canetar textos impressionantes, o problema mesmo começa quando o cérebro é marretado diversas vezes e todo aquele encanto desaparece sobrando apenas você (eu) e o vazio (minha mente) para discutir como seguir em frente com algo que naturalmente explodia e que agora com muito esforço solta um peido molhado.

quer dizer, eu comecei esse blog na intenção de escrever escrachadamente até me reencontrar, mas até mesmo aqui eu tive essa pequena interferência dos satélites que rodeiam a minha cabeça e não consigo mais produzir merda nenhuma! digo, devo fazer uma errata e corrigir minha frase anterior porque estou, atenção, criando arte e não produzindo.

bom, é difícil. é complicado ter de forçar algo para que eu não fique sempre no mesmo lugar — até cheguei a pensar que seria fácil voltar ao processo porque tenho outra musa novamente, algo que me faz brilhar os olhos e sonhar com incríveis cenários outra vez, porém eu fico travada no processo de como começar e ainda mais presa no instante que dou continuidade, não é fácil, mas costumava ser e me frustra o dom ter sumido. talvez seja minha culpa por ter deixado de praticar, ou talvez eu realmente tenha morrido esse tempo todo e só então fui reviver, por isso tenho de aprender a andar novamente e com andar eu quero dizer escrever.

de pouco em pouco eu aprendo novamente e cada dia que passa eu dou novos passos, talvez assim eu não precise forçar peidos.

sábado, 26 de julho de 2025

o tempo passou e eu fiquei.

devo admitir que passei por muito tempo ignorando a minha vontade de escrever e, também, fingindo que eu nunca havia feito nada aqui presente... o fato é que eu preciso gritar e não há grito melhor que a poesia — eu gostaria, principalmente, de poder escrever da maneira mais grotesca possível como eu costumava no começo desse blog, sem medo de usar a escatologia ao meu favor, porém não me cabem mais as merdas continuas porque tenho apenas sonhos infinitos para serem compartilhados (e é, talvez, por esse motivo que eu recorra muito mais a postar no blog de cartas do que aqui, ainda que eu ame como meu próprio tolete de bosta).

seguindo a lógica do cu... eu gostaria de poder dar descargas longas e duradouras nos meus sentimentos, creio que passei por alguns meses conturbados e dignos de diarreias incessantes porque, aparentemente, meu cérebro está diretamente ligado ao meu estômago e intestino, então eu caguei por horas seguidas. até hoje não sei como não me ocorreu uma hemorroida, minha mãe sempre menciona que ficar muito tempo no banheiro e, acho, que se unir todas as vezes que estive passando por vídeos do tiktok enquanto tentava, de alguma forma, esvaziar meu corpo deve dar pelo menos uns três dias direto.

enfim, eu estive sofrendo as consequências de ter me colocado em buracos cagados sem pensar em como sair, ou me limpar, depois e agora estou correndo atrás do prejuízo que levei, pensei que perderia a vida em decorrência das minhas próprias mãos, no entanto, estou (infelizmente) viva e devidamente obcecada por mais uma alma que não mais reside um corpo... todas as vezes que eu corri atrás de cosplayers do geto agora foram substituídas por horas e horas consumindo mídias do andre matos, não me arrependo nem um pouco, é uma obsessão bastante divertida. como todas as vezes, que eu faltei abrir meu peito e arrancar o coração ainda pulsando para demonstrar todos os sentimentos que eu tinha sobre alguém, estou tendo alucinações interessantes, mas isso é coisa para as cartas (talvez um pouco para aqui, porque dessa vez eu bati com a cabeça na parede).

sinto que tenho um tanto a mais de coisas para falar, principalmente envolvendo o andre matos (as bandas que ele participou) e os momentos que passei com o meu borderline — ter sido diagnosticada foi um alívio, porque ao menos eu sabia o que tinha de errado, mas os problemas causados por ele não passaram e, meu senhor, como eu queria que tudo não passasse de uma diarréia líquida ultra violenta para que eu só explodisse no vaso e nunca mais tivesse que me preocupar.

tem sustos que atravessam o peito.

eu gostaria de aprender a lidar com emoções, sinto todas elas com a intensidade de um caminhão em alta velocidade atingindo uma pobre lebre ...