terça-feira, 12 de agosto de 2025

tem sustos que atravessam o peito.

eu gostaria de aprender a lidar com emoções, sinto todas elas com a intensidade de um caminhão em alta velocidade atingindo uma pobre lebre que se distraiu na estrada. eu raramente sei diferenciar uma saída com algum garoto bonito entre um acidente de alta escala acontecendo diante dos meus olhos, imagine uma situação tão intensa quanto essa que estou passando! é assustador pensar que alguém pode estar aqui e, de uma hora pra outra, não estar mais em questão de segundos...

eu também gostaria que todos nós fossemos eternos, sendo assim tenho certeza que o caos instaurado seria capaz de destruir o planeta e, bom, acho que esse destino me parece melhor do que encarar a morte de um ente querido sem estar preparado para dizer adeus... na verdade, nunca estamos e eu, particularmente, odeio despedidas. não pretendo dizer tchau para ninguém até que eu morra e, talvez, no meu leito de morte eu consiga proferir um "até logo" porque tenho certeza da minha reencarnação como alguma maluca qualquer de rua, eu não quero me despedir de ninguém e, muito menos, de quem eu mais amo nessa vida. ter levado esse susto partiu meu coração e eu entendi como é estar cansada mentalmente ao ponto de dormir por vinte horas seguidas como se estivesse morta (e, longe de mim proferir essas palavras mas, a morte parece confortável em alguns momentos).

nem tudo que eu gostaria, eu posso... e por isso deito em minha cama chorando noite após noite atormentada com a possibilidade do adeus.

domingo, 27 de julho de 2025

não tem como forçar um peido sem se cagar.

eu gostaria de retirar o meu cérebro e torcer ele num balde para depois beber todo o líquido que eu conseguir tirar. estou sendo inundada de pensamentos há meses, mas incapaz de transcrever metade deles com alguma capacidade digna — quer dizer, eu adoraria sentar e me forçar a escrever por horas até conseguir ter algum proveito disso, mas é impossível forçar um peido sem se cagar e, sinceramente, eu odiaria que alguma coisa minha saísse de forma desordenada!

ter um egocentrismo bastante inflado quando se trata da escrita me traz danos irreparáveis — os quais eu me acostumei e aprendi a lidar — que são um empecilho de difícil manobra, poucas vezes encontrei problemas sem algum tipo de saída escrota que eu não pudesse me aproveitar, mas ter uma exigência extrema consigo mesma para trazer sempre o melhor do melhor é complicadíssimo! houveram tempos que eu brincava de ser escritora e, nessa mesma brincadeira, conseguia canetar textos impressionantes, o problema mesmo começa quando o cérebro é marretado diversas vezes e todo aquele encanto desaparece sobrando apenas você (eu) e o vazio (minha mente) para discutir como seguir em frente com algo que naturalmente explodia e que agora com muito esforço solta um peido molhado.

quer dizer, eu comecei esse blog na intenção de escrever escrachadamente até me reencontrar, mas até mesmo aqui eu tive essa pequena interferência dos satélites que rodeiam a minha cabeça e não consigo mais produzir merda nenhuma! digo, devo fazer uma errata e corrigir minha frase anterior porque estou, atenção, criando arte e não produzindo.

bom, é difícil. é complicado ter de forçar algo para que eu não fique sempre no mesmo lugar — até cheguei a pensar que seria fácil voltar ao processo porque tenho outra musa novamente, algo que me faz brilhar os olhos e sonhar com incríveis cenários outra vez, porém eu fico travada no processo de como começar e ainda mais presa no instante que dou continuidade, não é fácil, mas costumava ser e me frustra o dom ter sumido. talvez seja minha culpa por ter deixado de praticar, ou talvez eu realmente tenha morrido esse tempo todo e só então fui reviver, por isso tenho de aprender a andar novamente e com andar eu quero dizer escrever.

de pouco em pouco eu aprendo novamente e cada dia que passa eu dou novos passos, talvez assim eu não precise forçar peidos.

sábado, 26 de julho de 2025

o tempo passou e eu fiquei.

devo admitir que passei por muito tempo ignorando a minha vontade de escrever e, também, fingindo que eu nunca havia feito nada aqui presente... o fato é que eu preciso gritar e não há grito melhor que a poesia — eu gostaria, principalmente, de poder escrever da maneira mais grotesca possível como eu costumava no começo desse blog, sem medo de usar a escatologia ao meu favor, porém não me cabem mais as merdas continuas porque tenho apenas sonhos infinitos para serem compartilhados (e é, talvez, por esse motivo que eu recorra muito mais a postar no blog de cartas do que aqui, ainda que eu ame como meu próprio tolete de bosta).

seguindo a lógica do cu... eu gostaria de poder dar descargas longas e duradouras nos meus sentimentos, creio que passei por alguns meses conturbados e dignos de diarreias incessantes porque, aparentemente, meu cérebro está diretamente ligado ao meu estômago e intestino, então eu caguei por horas seguidas. até hoje não sei como não me ocorreu uma hemorroida, minha mãe sempre menciona que ficar muito tempo no banheiro e, acho, que se unir todas as vezes que estive passando por vídeos do tiktok enquanto tentava, de alguma forma, esvaziar meu corpo deve dar pelo menos uns três dias direto.

enfim, eu estive sofrendo as consequências de ter me colocado em buracos cagados sem pensar em como sair, ou me limpar, depois e agora estou correndo atrás do prejuízo que levei, pensei que perderia a vida em decorrência das minhas próprias mãos, no entanto, estou (infelizmente) viva e devidamente obcecada por mais uma alma que não mais reside um corpo... todas as vezes que eu corri atrás de cosplayers do geto agora foram substituídas por horas e horas consumindo mídias do andre matos, não me arrependo nem um pouco, é uma obsessão bastante divertida. como todas as vezes, que eu faltei abrir meu peito e arrancar o coração ainda pulsando para demonstrar todos os sentimentos que eu tinha sobre alguém, estou tendo alucinações interessantes, mas isso é coisa para as cartas (talvez um pouco para aqui, porque dessa vez eu bati com a cabeça na parede).

sinto que tenho um tanto a mais de coisas para falar, principalmente envolvendo o andre matos (as bandas que ele participou) e os momentos que passei com o meu borderline — ter sido diagnosticada foi um alívio, porque ao menos eu sabia o que tinha de errado, mas os problemas causados por ele não passaram e, meu senhor, como eu queria que tudo não passasse de uma diarréia líquida ultra violenta para que eu só explodisse no vaso e nunca mais tivesse que me preocupar.

sábado, 12 de abril de 2025

a chuva e o sol, que não entram no meu quarto.

eu tinha o sonho de ter uma janela que cobrisse quase minha parede inteira, para que meu quarto tivesse a luz do sol o tempo inteiro e de noite eu pudesse ver as estrelas da minha cama. quando mudamos de casa, pensei que pudesse ter esse sonho realizado quando vi o tamanho do buraco na parede onde ficaria a minha nova janela, o problema veio aparecer muito tempo depois, nos meus primeiros dias dormindo no quarto novo... acontece que não entra absolutamente nada no meu quarto! nem se eu enfiar a cabeça no vidro consigo ver o céu porque o vizinho é um completo insano, construiu um muro enorme com medo de que olhassem a esposa e, por alguma razão a qual somente ele pode entender, colocou um toldo do tamanho do cu dele impedindo toda e qualquer entrada de luz, então mesmo que o céu esteja completamente limpo e o sol há um metro de distância da minha casa, meu quarto vai continuar escuro!

não estou brincando quando digo que pareço estar sempre de noite, meu corpo não reconhece mais os horários certos para dormir, ou acordar, e tudo isso (irônicamente falando) fizeram com que minha depressão aumentasse gradativamente. eu queria acordar com raios de sol batendo no meu rosto e dormir acompanhada de estrelas, mas agora estou cada vez mais cronicamente online e perdendo a cor em decorrência do tempo que passo no escuro, diante de uma tela, escrevendo postagens ou aumentando minhas horas no stardew valley. em dias de chuva, eu deixo tudo aberto porque as gotas não conseguem entrar pela janela, mas o cheiro gostoso e aquele som único conseguem penetrar em minha alma! escrever acaba ficando ainda mais divertido, quando se tem a chuva de companhia.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

por muito tempo, eu dormi.

 sem piadas com merda no título dessa vez, estava ficando repetitivo colocar a mesma palavra e em algum momento minha criatividade iria acabar (não foi dessa vez, mas poderia ter sido). enfim, ando dormindo tempo demais e fazendo coisas de menos, fui invadida por algo que chamo de 'sono eterno' porque mesmo passando 12 horas seguidas em estado de desmaio profundo ainda estou munida de uma sonolência irradiante, se eu encostar no travesseiro sem perceber posso acabar dormindo continuamente por mais horas. 

sinceramente, isso tem me gerado muitos problemas que eu nem lembrava existir! como a falta de beber água e uma pele um tanto quanto esburacada, acabo esquecendo de fazer as coisas que quero ao longo do dia e assim eu completo mais de 15 dias sem entrar no ava da faculdade e esquecendo completamente de entregar as atividades, porque... bem, estou dormindo demais para fazer essas coisas. acho que esse é o problema em questão para meus trocadilhos escatológicos, ou então as menções dessas palavras pelo texto. numa conversa despretensiosa com meu psicológo contei sobre esse blog em questão e como eu achava o máximo fazer esse tipo de coisa, como  me divertia e ocupava a mente ficar pensando em maneiras de colocar bosta, merda, cu, nas coisas e a reação dele foi de quem não compreendia metade da minha animação e por um instante até pensei que, de fato, não fosse nada interessante. 

não é minha intenção transformar esse lugar em um tipo de diário virtual, porque não me interessa escrever sobre minha vida fora de um caderno físico, mas sinto ter horas que preciso soltar algumas merdas (até porque tem sido muito mais fácil escrever no computador do que pegar uma caneta nos últimos dias, uma mão que soa constantemente torna todo o ato delicioso de fazer textos manualmente um caos bastante molhado, o que não me agrada nem um pouco) e, por isso, digo que por muito tempo, eu dormi. acabei não exercendo o ato de escrever com coisas que realmente estivessem saindo da minha alma, ou... algo do tipo. de qualquer forma, talvez trazer um pouco mais de intimidade nesse lugar meio merda possa ser uma ideia em tanto.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

caminho merdamente...

e por me restringir é que eu apaguei a chama que flamejava dentro de mim — agora eu tenho de recuperar brasa por brasa, encaixando tudo como se fosse um quebra-cabeça de mal gosto.

eu não recordo de quem eu fui e nem imagino quem vou ser, pouco sei quem sou, mas tenho um mapa tracejando esses três pontos de forma irônica e desdenhosa. não consigo me apoiar nas memórias sem que elas vacilem comigo e eu caia mais uma vez todos os degraus.

é uma merda ter se perdido por causa de um suíno roncante — não se lembrar de nada é pior ainda! tantas histórias vividas e textos conquistados, mas nenhum deles parecem ter sido arquivados (nem mesmo jogados no lixo), acho que... sem dúvida, nunca foram acessados.

uma estrada tão tortuosa, confusa. eu caminho merdamente cuidando para não pisar em bostas cagadas por mim mesma, gostaria de voltar ao passado com uma máquina feita por algum tipo de cientista maluco pronto para ser processado pelo governo e preso pelo fbi por ter quebrado sei lá quantas mil leis diferentes ao me transportar para esse diabo de merda que eu chamo de "pregresso".

aí, fala sério! de quem foi a ideia de criar um aplicativo capaz de sugar todas as suas estribeiras? gastei mais tempo sendo doutrinada pelo tiktok do que realmente trabalhando em recuperar meu cu. e por isso meu caminho é uma merda porque se eu olhar para o lado tem algum vídeo brainrot 'linga guli guli' da vida, o qual não pode me encantar (mesmo que seja tão tentador).

segunda-feira, 7 de abril de 2025

a merda da arte

me faz enlouquecer! se eu não fosse preguiçosa talvez estaria em posições melhores, mas não tenho intenção de sair dessa situação confortável que é estar deitada numa cama meio dura acompanhada de pelúcias e um relógio que faz tic... tac... tic... tac...

meus pensamentos se atropelam e raramento consigo colocar eles numa forma linear, imagine conseguir escrever (finalmente) um livro! é loucura dizer que sou artista quando, na verdade, sou faixa preta em sonecas de doze horas diárias. digo, é uma merda ser assim e tudo que eu faço na maioria da vezes é escrever alguma bosta enquanto eu cago litros após comer travessas e travessas de bolinho de arroz, então eu preciso disputar entre cagar, dormir e fazer uma frase e meia de poesia para poder ainda dizer que sou artista.

tomara que eu cague uma obra prima e possa colocar num museu com o título de "le merde" para ser aplaudida pelos críticos, meu estômago até que sabe digerir bem os alimentos e criar grandes bostas para entupir vasos, digo... meu cérebro sabe criar grandes textos para entupir sites de fanfics (eu disse a mesma coisa, com palavras diferentes).

tem sustos que atravessam o peito.

eu gostaria de aprender a lidar com emoções, sinto todas elas com a intensidade de um caminhão em alta velocidade atingindo uma pobre lebre ...