e por me restringir é que eu apaguei a chama que flamejava dentro de mim — agora eu tenho de recuperar brasa por brasa, encaixando tudo como se fosse um quebra-cabeça de mal gosto.
eu não recordo de quem eu fui e nem imagino quem vou ser, pouco sei quem sou, mas tenho um mapa tracejando esses três pontos de forma irônica e desdenhosa. não consigo me apoiar nas memórias sem que elas vacilem comigo e eu caia mais uma vez todos os degraus.
é uma merda ter se perdido por causa de um suíno roncante — não se lembrar de nada é pior ainda! tantas histórias vividas e textos conquistados, mas nenhum deles parecem ter sido arquivados (nem mesmo jogados no lixo), acho que... sem dúvida, nunca foram acessados.
uma estrada tão tortuosa, confusa. eu caminho merdamente cuidando para não pisar em bostas cagadas por mim mesma, gostaria de voltar ao passado com uma máquina feita por algum tipo de cientista maluco pronto para ser processado pelo governo e preso pelo fbi por ter quebrado sei lá quantas mil leis diferentes ao me transportar para esse diabo de merda que eu chamo de "pregresso".
aí, fala sério! de quem foi a ideia de criar um aplicativo capaz de sugar todas as suas estribeiras? gastei mais tempo sendo doutrinada pelo tiktok do que realmente trabalhando em recuperar meu cu. e por isso meu caminho é uma merda porque se eu olhar para o lado tem algum vídeo brainrot 'linga guli guli' da vida, o qual não pode me encantar (mesmo que seja tão tentador).
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